sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A insustentabilidade da Segurança Social

  
       A Segurança Social nasceu da fusão (nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974. As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%). O Estado nunca lá pôs 1 centavo.
      Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu.
Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"! Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores). Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos.
      Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres (1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido) em 1997, hoje chamado RSI. E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados. Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades. Optaram isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos.
      Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram.
Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou. É a diferença entre o ditador e os democratas?
Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
      Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975. Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões? De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados. Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas,se apurar também o montante atualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.
       Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE. Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS? Claro que não!...
      Outra questão se pode colocar ainda. Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE? Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões?! Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!...
      Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.
     A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
     Falta falar da CGA dos funcionários públicos, assaltada por políticos sem escrúpulos que dela mamam reformas chorudas sem terem descontado e sem que o estado tenha reposto os fundos do saque dos últimos 20 anos.
Quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.

    Sabem que, na bancarrota do final do Século XIX que se seguiu ao ultimato Inglês de 1890, foram tomadas algumas medidas de redução das despesas que ainda não vi, nesta conjuntura, e que passo a citar:
  • A Casa Real reduziu as suas despesas em 20%; não vi a Presidência da República fazer algo de semelhante.
  • Os Deputados ficaram sem vencimentos e tinham apenas direito a utilizar gratuitamente os transportes públicos do Estado (na época comboios e navios); também não vi ainda nada de semelhante na atual conjuntura nem nas anteriores do Século XX.

    Aqui vai a razão pela qual os países do norte da Europa estão a ficar cansados de subsidiar os países do Sul: 
   O Governo Português:
  • 3 Governos (continente e ilhas);
  • 333 deputados (continente e ilhas);
  • 308 câmaras;
  • 4259 freguesias;
  • 1770 vereadores;
  • 30.000 carros;
  • 40.000 (?) fundações e associações;
  • 500 assessores em Belém;
  • 1284 serviços e institutos públicos.

    Para a Assembleia da República Portuguesa ter um número de deputados "per capita" equivalentes à Alemanha, teria de reduzir o seu número em mais de 50%.

O POVO PORTUGUÊS NÃO TEM CAPACIDADE PARA CRIAR RIQUEZA SUFICIENTE, PARA ALIMENTAR ESTA CORJA DE GATUNOS!

É POR ESTAS E POR OUTRAS QUE PORTUGAL É O PAÍS DA EUROPA EM QUE SIMULTANEAMENTE SE VERIFICAM OS SALÁRIOS MAIS ALTOS A NÍVEL DE GESTORES/ADMINISTRADORES E O SALÁRIO MÍNIMO MAIS BAIXO PARA OS HABITUAIS ESCRAVIZADOS. ISTO É ABOMINÁVEL!

ACORDA, POVO! ESTAS, SIM, É QUE SÃO AS GORDURAS QUE TÊM DE SER ELIMINADAS E NÃO AS QUE O GOVERNO FALA.

POVO, A NAÇÃO PRECISA DE TI...O TEU GRITO SERÁ A TUA ARMA... 

Fonte: Francisco Charneca, através do Facebook

O exercício profissional de um Assistente Social


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Empreendedorismo


     Um episódio de Momentos de Mudança da SIC sobre o Empreendedorismo.

     Será que a resolução, de todos os medos que assombram os estudantes que estão a formar-se e que em pouco tempo saem para o mercado de trabalho em busca do seu primeiro emprego, ou até mesmo daqueles que já têm o canudo, mas que o emprego é algo inalcançável devido à situação em que se encontra o país, passa pelo o Empreendedorismo?
Tire as suas conclusões.

Ser empreendedor é ser criativo e inovador, para um dia ser vencedor.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Emergência Infantil

     Hoje na TVI, no programa Você na TV, fizeram uma entrevista ao Psicólogo Luís Villas Boas, Presidente do Grupo de Trabalho AGENDA, sobre crianças negligenciadas, abandonadas e vítimas de maus tratos, onde são relatados os mecanismos de proteção que atuam nestas situações, como atuam, qual a intervenção mais adequada, qual o sistema de proteção e os órgãos competentes nesta área.

As soluções existentes têm capacidade para dar resposta a este problema?
 Será necessário repensar, reorganizar e reformatar o sistema de proteção em Portugal?

Obtenham as respostas a estas questões assistindo ao vídeo, através do link: 


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Inscreve-te e faz parte deste Desafio...Desafio M!



A participação no programa Desafio M é GRATUITA e ABERTA a todas as pessoas tenham enfrentado um processo de cancro da mama e que sejam referenciadas pelo Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
  
AS INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS!






Contatem:
Caracol Wellness Center
Hotel do Caracol
Estrada Regional nº1
9700-193 Angra do Heroísmo Angra
Ilha Terceira, Açores, Portugal
Telefone: +351 911 508 127 | +351 295 402 666
Email: id@pnfchi.com

Mais informações em:
http://www.pnfchi-institute.com/index.php?option=com_content&view=article&id=205&Itemid=281&lang=pt

DESAFIO M - Programa de Recuperação Ativa Funcional Pós-Cancro da Mama


    Contextualização: Alguns elementos da equipa Pnf-Chi®, profissionais de saúde familiarizados com as implicações funcionais decorrentes do cancro da mama e os pressupostos de uma eficaz reabilitação física, verificaram que os princípios da abordagem iam de encontro aos objetivos da recuperação funcional da mulher em recuperação pós-cancro da mama.

    O crescente enfoque da comunidade clínica e científica sobre os benefícios da prática regular de exercício físico entre os sobreviventes de cancro veio reforçar esta hipótese.
Surgiu então a ideia de criar um projeto de intervenção comunitária que tentasse responder às necessidades detetadas. O protocolo de colaboração com o núcleo regional dos Açores da liga portuguesa contra o cancro, foi concretizado através da implementação de um projeto de intervenção junto da população de mulheres mastectomizadas da ilha Terceira (Açores). Esta iniciativa decorreu,no ano 2009, através do programa piloto "Ao encontro do seu equilíbrio ...".

    Após o sucesso desta iniciativa pioneira, em 2012, a nossa equipa lança o novo programa de intervenção, totalmente reestruturado, Desafio M.

    Este programa já se encontra a ser implementado no Caracol Wellness Center com a colaboração do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

    Considerando as necessidades emergentes de saúde do século XXI, este programa foi pensado de forma a poder ser implementado em qualquer ponto do país.




    O Projeto: O Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro e o Pnf-Chi® assinaram um protocolo de colaboração, no decorrer da Celebração dos 25 anos do Movimento Vencer e Viver nos Açores, realizada em Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores), no dia 30 de Outubro 2012.
    Constitui objeto deste protocolo a criação de condições para a cooperação científica, técnica e de prestação de serviços na área da saúde e bem-estar, nomeadamente para o desenvolvimento e execução do Programa de Recuperação Ativa Funcional Pós-Cancro da Mama - Desafio M.


    A coordenação da parceria descrita no protocolo será constituída na sua vertente técnica e de implementação do programa “Desafio M” pela equipa Pnf-Chi® e pelos fisioterapeutas do Caracol Wellness Center, em concordância com o parecer científico dos colaboradores habituais do Núcleo Regional nesta área.

   Também foi anunciado neste ocasião, que todos os sócios do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa contra o Cancro poderão usufruir de um desconto imediato de 30% em todos os serviços do Caracol Wellness Center (Ilha Terceira, Açores).

   Saiba mais sobre o Programa de intervenção DESAFIO M na hiperligação que se segue:
http://www.pnfchi-institute.com/index.php?option=com_content&view=article&id=202&Itemid=281&lang=pt


  
Fonte: https://www.facebook.com/DesafioM?ref=notif&notif_t=fbpage_fan_invite

Emigração



"Em Portugal a emigração não é, como em toda a parte, a transbordação de uma população que sobra; mas a fuga de uma população que sofre."
 Eça de Queirós

 
 Uma sátira ao nosso governo e à situação em que o país se encontra. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

10 Dicas para se tornar num Assistente Social Bem Sucedido


Disciplinar com amor

    Conheça a perspetiva de Paulo Oom sobre a importância de educar a criança promovendo a disciplina como algo natural na sua vida e na dos pais. Porque as regras não têm de ser necessariamente sérias e "sisudas".



     No que toca à educação, uma das principais ideias que nos transmite é que, em casa, deve haver um ambiente familiar que promova, em conjunto, o amor e a disciplina. Esta última num sentido construtivo e de dar as ferramentas necessárias aos filhos para que, desde cedo, possam ser ajudados a crescer e a conhecerem-se a si próprios.

O que quer aconselhar aos pais que se preparam para ter um bebé?

    Quando um bebé nasce, há a ideia de que os pais passam a viver em função daquela criança. O que tento transmitir é o oposto. As crianças e os filhos são uma coisa muito importante na nossa vida, mas não são a única. Muitas vezes o próprio casal deixa de viver como tal, para viver só para o bebé. Embora os pais possam pensar que é bom, porque estão a dar-lhe toda a atenção e carinho que merece, é importante ver as coisas noutra perspetiva, que é os pais viverem como um modelo para os filhos, em termos daquilo que os filhos vão ser quando forem mais crescidos, e seguramente que nenhum deles vai querer que a criança que estiver com eles, quando for um adulto, também viva exclusivamente para os seus filhos.

É importante que as crianças tenham essa noção delas próprias?

    É importante que os filhos percebam que os pais, para além de lhes dedicarem muito tempo, de os amarem muito e de se divertirem com eles, têm também tempo para eles próprios, têm os seus hobbies, vão jantar fora, vão ao cinema, no fundo deve transmitir-se aos filhos um determinado estilo de vida e forma de estar mais equilibrada e harmoniosa. Não é bom para as crianças que os pais passem a viver única e exclusivamente em função delas. Quando isso acontece, elas pressentem-no e carregam um enorme stress.

As crianças devem portanto aprender a ser autónomas?

    Muitos pais, hoje em dia, são quase como bombeiros e polícias de tudo o que se passa com a criança. A criança não aprende com os seus atos, porque os pais estão sempre lá para ajudar. E pensam que com  isso estão a fazer o melhor papel possível, mas não é verdade. Há muitos pais que ficam muito chocados com o deixar que as crianças aprendam com os seus próprios atos. Sempre que a segurança ou a saúde física e mental da criança não esteja em perigo, não tem mal nenhum que isso aconteça. Pelo contrário, os pais devem deixar a criança aprender com as consequências dos seus atos. Isto dá à criança uma maior autoconfiança e uma maior autoestima, porque ela consegue a dada altura perceber "Eu sou capaz de resolver os meus problemas". É importante que as nossas crianças não sejam dependente dos pais, mas independentes deles, que tenham a sua autonomia, senão  não vão estar preparadas para um dia mais tarde resolverem os seus próprios problemas, seja na escola, seja na vida adulta com os seus próprios filhos e com a família.

Há diferentes perspetivas de educar. A seu ver, o que importa salientar?

    Não há uma fórmula mágica que funciona com todas as crianças. Cada criança tem o seu temperamento, e os pais, conhecendo o temperamento dos seus filhos, têm que adaptar a sua forma de atuar de modo a ir ao encontro das caraterísticas dos filhos.Os pais também têm temperamentos diferentes, há pais que lidam melhor com determinadas coisas do que com outras.
O ideal é que tenham alguma autoridade sobre os filhos, mas que os deixem tomar as suas próprias decisões num processo gradual, desde que a criança nasce até ser adolescente.

Como funciona este processo que vai do nascimento à adolescência?

    Quando a criança nasce, é claro que 100% é controlo dos pais. Quando chega à adolescência, 100% é influência dos pais -  o que são coisas completamente diferentes.
   Ao longo do crescimento da criança, cada vez mais vai havendo menos controlo e mais influência dos pais. Normalmente, é por volta dos 8 ou 9 anos que há tanto de controlo como de influência.
A influência significa negociar, dar a nossa opinião, que a criança segue ou não, consoante as circunstâncias. É preciso este equilíbrio. Há pais que são "pais de influência" logo desde o nascimento, o que é um erro. Há pais que são "pais de controlo" ao nascimento, mas que depois não conseguem fazer a transição para a adolescência da criança em termos de mais negociação. É importante que dentro deste contexto haja alguma autoridade.

Na sua opinião, a partir de que idade se devem começar a impor limites?

   Uma criança consegue aprender limites e regras por vezes a partir de um ano e meio, seguramente a partir dos 2 anos (dizendo "não", "não mexas aí"). Em termos de regras mais básicas (por exemplo, não magoar o irmão, não dizer palavrões), a criança entende-as muito bem a partir do segundo ano de vida.
É fundamental que a criança participe na elaboração das regras, que seja ouvida a sua opinião. Não quer dizer que se faça tudo o que ela que, mas se for conversado com calma, explicando as vantagens e desvantagens de cada uma das atitudes, se a criança for tida em conta na elaboração da regra, ela sente que a regra é também dela, pois também, a ajudou a construir. A regra passa a ter utilidade, e depois é estipulada uma consequência para o caso de a regra não ser cumprida.

E se a regra não for cumprida, que tipo de atitude podem os pais ter?

    Quando a regra não é cumprida, não é altura de negociação. A negociação faz-se quando estamos a elaborar a regra. Quando a regra é desobedecida, então surge a consequência (que pode ser, por exemplo, ficar de castigo). Negociar a regra quando não foi cumprida é um erro. Pode haver mais tarde uma nova negociação, mas nunca na altura em que a regra é quebrada, senão o que acontece é que a criança não vai levar os pais a sério. Quando tudo o que os pais dizem é negociado, a sua autoridade acaba por ficar comprometida.

Pode falar-nos da sua perspetiva da disciplina e do amor?

    Não são polos opostos. A noção que muitos pais têm de disciplina é que é um termo com uma conotação muito negativa, pois acham que a disciplina significa punir, pôr de castigo, dar uma palmada. Essa noção de disciplina existe muito na nossa sociedade, mas é uma palavra que vem de discípulo, que é aquela que aprende. A disciplina significa muito mais ensinar e dar o exemplo do que punir, 90% da disciplina dos pais deve ser prevenção (que sirva de modelo aos filhos) e 10% de punição, e nesta perceção de disciplina como algo positivo, ela não é oposta ao amor, é um complemento do que os pais sentem pelos filhos.

Como pode a disciplina ser promovida com amor?

    Grande parte da disciplina pode ser feita no dia a dia com métodos de diversão em que os pais se divertem com as crianças enquanto explicam as regras, colocando-a em prática, portanto não tem de ser algo necessariamente muito sério e muito sisudo. A disciplina pode ser imposta naturalmente fazendo parte da vida daquela criança de uma forma calma, tranquila, serena, sem ser preciso incutir medo na criança. A criança sente que aquelas são as regras normais com que os pais vivem e que fazem parte da sua vida.

Os pais vão ter adversidades ao longo do percurso que se avizinha. Como aconselha a lidar com isso?

    Primeiro, é inevitável que a criança se vá portar mal . Segundo, é saudável que a criança se porte mal. Ao estar a "esticar a corda" ou a fazer uma birra, ela está a aprender o que se passa à sua volta, sobre o seu próprio temperamento e o temperamento dos pais. Não é isto que deve preocupar os pais. Aquilo que é estranho nos comportamentos é uma criança que nunca se comporta mal - porque tem medo, limitações no seu contato com os outros - ou uma criança que não sabe viver de outra forma além de se portar mal. São estes dois extremos que devem ser motivo de alarme. Em certos casos, os pais devem moldar o temperamento do seu filho de modo a que ele tenha um comportamento que socialmente seja mais aceitável. A boa notícia é que é sempre possível. Não há casos de insucesso em disciplina, se as coisas forem feitas como devem ser. Aí, de certeza que aquela criança, dentro do seu próprio temperamento, vai passar a ter um comportamento mais adequado.

Qual a importância que esta noção de disciplina tem para a personalidade da criança?

    Mais importante que a disciplina por si só é que a criança consiga uma autodisciplina, ou seja, que interiorize esses valores como sendo seus. É a criança que se porta bem quando está junto dos pais e que se porta bem mesmo quando os pais não estão presentes, porque já incutiu os valores que estes lhe transmitiram. Quando ela própria já pode ensinar os irmãos mais velhos é a coroa de glória! A criança que assume esses valores está sem dúvida muito mais bem preparada para o que a espera, porque vai ser olhada pelos seus pares como uma pessoa com determinados valores, honestidade, com o que é importante que ela tenha, e vai estar mais bem preparada para as adversidades da vida.

E portanto vai tornar-se uma pessoa mais feliz?

    Sem dúvida. Ver ser uma pessoa mais independente, confiante, com autoestima, e fundamentalmente vai ser uma pessoa muito mais resiliente, pois vai ter uma capacidade de se adaptar às adeversidades da vida, ultrapassar as coisas que são más, valorizar as que são boas. A criança que vive no outro extremo, ou seja, que faz o que quer no dia a dia, quando se dá o caso de lhe surgir um problema, não vai ter a mesma estrutura em termos de personalidade para ultrapassar essa adversidade de forma construtiva.

Um fato é que hoje em dia os pais têm menos tempo e menos ajudas da família para educar os filhos.

    De há uns anos para cá, tenho cada vez mais a perceção de que as consultas de Pediatria servem também para os pais colocarem as suas dúvidas sobre como educarem e relacionarem-se com os seus filhos. Os pais trabalham muito, têm pouco tempo para os filhos, acham erradamente que o pouco tempo que têm não  pode ser feito de regras, nem com disciplina, o que está errado.

Por fim, qual a mensagem que gostaria de transmitir?

    Há um grande cuidado durante a gravidez para que tudo corra bem, para que a criança nasça e, depois de a criança nascer, há um grande trabalho com os cuidados físicos do bebé. Portanto, a grande mensagem que gostaria de deixar é que não se esqueçam, desde o princípio, que a disciplina e o amor que transmitimos vai marcar os nossos filhos para toda a vida. É importante que os pais ajam nesse sentido!




      Uma entrevista ao Dr. Paulo Oom, pediatra, doutorado pela Faculdade de Medicina de Lisboa. O seu quotidiano faz-se entre o ensino e a atividade clínica. Faz parte da Sociedade Portuguesa de Pediatria, além de ser Professor Convidado da Universidade Católica Portuguesa. Foi inclusive membro fundador da Associação Portuguesa de Saúde Escolar e Universitária. O seu recente livro Não Te Volto A Dizer! pretende aconselhar os pais dos nossos dias a educarem os filhos com tanto de amor como de disciplina.

Fonte: Nove Meses Magazine, texto de: Ana Margarida Marques

domingo, 25 de novembro de 2012

Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres


     No dia 25 Novembro celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
(APAV) assinala esta efeméride lançando uma campanha de sensibilização sobre violência contra as mulheres.

     A campanha foi desenvolvida criativamente pela agência LINTAS, numa parceria mecenática, contando com o apoio da Ignition Ativism, ao nível da ativação de meios. Esta campanha participou no concurso internacional Create 4 the UN - "SAY NO to Violence Against Women", promovido pela ONU, sendo selecionada como uma das 15 melhores campanhas.

     As imagens veiculadas nesta campanha implicam uma reflexão sobre os contrastes existentes nesta problemática, os quais podem confundir ou toldar a sua visibilidade social. Assim, a campanha, inclui, por exemplo, dois retratos de mulheres vítimas de violência doméstica, as quais apresentam marcas da vitimação no rosto e pescoço. Estas mulheres estão vestidas de noiva, segurando ramo de flores e ostentando anel de noivado e aliança de casamento. Acompanha-as a frase «Até que a morte nos separe», a qual remete para a existência de um crescente número de mulheres vítimas de violência doméstica que são assassinadas pelos seus maridos ou companheiros conjugais.

     Esta campanha da APAV, como as anteriores campanhas, é, pois, uma forma de combate a um dos problemas mais graves das famílias e, por conseguinte, da sociedade, no qual são violados os direitos essenciais da pessoa humana e, em particular, os direitos das crianças, que, em muitos casos, assistem aos atos de violência.

     A campanha de imprensa arranca já esta semana com anúncios de imprensa, mupis e o lançamento do novo site sobre violência doméstica - www.apav.pt/vd; sendo complementada numa segunda fase com um spot TV, que será exibido nos canais RTP, SIC e Fox a partir de dia 28 de Novembro.

     Site sobre Violência Doméstica: www.apav.pt/vd

"A violência doméstica não tem de ser para sempre. 
Fale Agora."


sábado, 24 de novembro de 2012

Teatro: "Amor!?" - Casino Estoril




A Associação Um Só Tecto vai estrear, no dia 23 de Novembro, uma peça intitulada “Amor!?”, que aborda o tema da violência doméstica em Portugal.

Este projecto surgiu a partir de uma colaboração com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e pretende mostrar esta realidade, através das experiências de três vítimas diferentes, usando assim o teatro como uma espécie de arma social.

A peça, escrita por Bárbara Menezes Ferreira e encenada por Lara Beirão da Veiga e Ana Padrão, estará em cena dos dias 23, 24, 25, 29 e 30 de Novembro e 1 e 2 de Dezembro, no auditório do Casino Estoril. Os bilhetes têm o preço de 10€ e estão à venda nas lojas Fnac e em fnac.pt.

A apresentação do espectáculo de dia 25 será complementada com uma conversa, com a participação das autoras e um representante da APAV.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Bullying

     O bullying é um assunto cada vez mais comum nos noticiários por prejudicar, principalmente, as crianças que se encontram em idade escolar e, em casos extremos, por causar tragédias.
     Como estar ao lado dos filhos durante o dia inteiro é impossível, o máximo que pode ser feito é educá-los para que eles não sejam nem os causadores, nem os sofredores deste mal.
 
 

Seu filho x bullying - Joel Haber, Jenna Glatzer

     O livro "Seu Filho x Bullying", apresenta dicas para ajudar os filho a desabafar com os pais, como ensiná-lo a lidar com situações de conflito, qual o fator mais importante para afastar os agressores, como aproximar-se de um professor, diretor ou orientador e revelar as suas preocupações, como rastrear praticantes de cyberbullying e como ajudar sem assumir o comando.
    O leitor encontrará também exemplos de roteiros e exercícios, além de procedimentos por escrito que poderá mostrar às pessoas que detenham a autoridade e listas de verificação para ajudá-los a acompanhar cada passo.
    O programa antibullying deste livro foi desenvolvido e testado por Joel Haber, um dos maiores especialistas da área. O leitor conhecerá o melhor caminho para fortalecer a autoestima dos seus filhos e a sua capacidade de lidar com os conflitos, desenvolvendo com eles os pilares fundamentais da confiança e da empatia.


Fonte: http://www.sorocaba.com.br/materias/seu-filho-x-bullying-especialista-disseca-o-tema-em-livro-67#ad-image-0

     Acerca do tema, deixo-vos um vídeo, realizado pelos alunos da Escola Secundária Vitorino Nemésio, onde estes se manifestam em relação ao bullying, alertando para a responsabilidade de cada um para ajudar as vítimas e denúnciar os causadores desta atrocidade, mostrando aos seus colegas que podem contar sempre com eles.



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dia Mundial para a Prevenção do Abuso contra as Crianças


Assinala-se hoje o Dia Mundial para a Prevenção do Abuso contra as Crianças.

Com a celebração desta efeméride pretende-se sensibilizar e mobilizar a sociedade civil e os Governos para uma intervenção ativa na defesa, na promoção e no respeito pelos Direitos da Criança.

A Declaração dos Direitos da Criança foi aprovada a 20 de novembro de 1959, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A 20 de novembro de 1989, a ONU aprovou por unanimidade a Convenção dos Direitos da Criança, documento onde estão expressos os direitos fundamentais das crianças (direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais), bem como todas as disposições para que esses direitos sejam aplicados. Portugal ratificou a Convenção dos Direitos da Criança em 1990.

A Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (n.º 147/99) considera que a criança ou o jovem está em risco quando, se encontra numa das seguintes situações:

1. Está abandonada ou vive entregue a si própria;
2. Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
3. Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal;
4. É obrigada a atividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
5. Está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional;
6. Assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetam gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto, se lhes oponham de modo adequado a remover esta situação.

O Estatuto da Ordem dos Enfermeiros (Decreto-Lei n.º 104/98, de 21 de abril, republicado pela Lei n.º 111/2009, de 16 de setembro) afirma no seu artigo 81.º que «o enfermeiro, no seu exercício, observa os valores humanos pelos quais se regem o indivíduo e os grupos em que este se integra» e assume o DEVER de «salvaguardar os direitos da criança, protegendo-as de qualquer forma de abuso».

São áreas de atuação do Enfermeiro Especialista de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica a deteção precoce e o encaminhamento de situações que possam afetar negativamente a vida ou a qualidade de vida da criança e jovem, nomeadamente comportamentos de risco, maus tratos, negligência, suicídio, violência e gravidez.

A Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica (MCEESIP) chama a atenção dos colegas para a obrigatoriedade que TODOS temos de PROTEGER AS CRIANÇAS E OS JOVENS, prevenindo as situações de maus tratos, designadamente comunicando ao Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco dos Centros de Saúde e/ou Hospital as situações de que temos conhecimento.

Enf.ª Maria Amélia José Monteiro,
Presidente da MCEESIP

Momentos de Mudanças - "A entrega da casa"


      O sexto episódio de "Momentos de Mudança" entra na vida financeira das famílias e foca-se na crise económica que afetou o país nos últimos anos.
      Germano e Elisa ultrapassam uma fase muito complicada, mas não perdem a esperança de que a sua vida irá melhorar.

sábado, 17 de novembro de 2012

Filme Son-Rise: a Miracle of Love

  
    Son-Rise: a Miracle of Love (Meu Filho, Meu Mundo) é um filme de 1979, inspirado na criação de uma terapia para crianças com autismo, designada de Son-Rise, esta é atualmente utilizada e tem muito sucesso.

   Sinopse: Quando Raun nasceu, era um bebé saudável e feliz, mas com o passar dos meses, os pais começaram a observar que havia algo estranho, pois apresentava constantemente um ar ausente. Um dia, vem a confirmação do que suspeitavam, Raun tinha autismo, então decidiram penetrar no mundo da criança, acreditando que somente o milagre do amor o poderia salvar. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Projeto de Reabilitação na Comunidade, da Praia em Movimento, é distinguido com o 2º lugar, na categoria de Educação, pelo Hospital do Futuro


"Desenvolvido pela Praia em Movimento e Câmara da Praia, Projeto Reabilitação na Comunidade reconhecido com prémio “Hospital do Futuro”

  O Projeto Reabilitação na Comunidade, desenvolvido pelo departamento de Ação Social afeto à empresa municipal Praia em Movimento, foi reconhecido a nível nacional com um dos prémios “Hospital do Futuro” atribuídos pelo Fórum Hospital do Futuro e pelo SINASE – Sistema Nacional de Atendimento Sócio-Educativo, que premeiam anualmente pessoas e organizações que se destacaram ao longo do ano anterior na dinamização de projetos úteis na comunidade, nomeadamente ao nível do combate a doenças e promoção da saúde, de entre outras vertentes.

O Projeto Reabilitação na Comunidade venceu o segundo lugar na categoria de Educação.

“Trata-se de um reconhecimento importante para este projeto, cuja equipa que o concretiza trabalha afincadamente todos os dias com vista à melhoria das condições de vida de crianças, adultos e idosos. Sermos reconhecidos nacionalmente é um incentivo e, acima de tudo, a prova de que estamos no bom caminho”, sublinhou Carlos Armando Costa, diretor geral da Praia em Movimento, comentando este galardão.

De entre cerca de 200 projetos concorrentes, a atribuição do segundo lugar ao projeto praiense assentou em critérios como o caráter inovador do projeto, o seu impacto clínico e económico na comunidade, o beneficio para os utentes e para a sociedade e o sucesso do projeto na comunidade onde está inserido. O júri é constituído por 65 elementos que ocupam lugares de destaque no setor da saúde.

O Projeto Reabilitação na Comunidade, iniciado em 2008, desenvolve ações de apoio a crianças, adultos e idosos do Concelho da Praia da Vitória, nomeadamente, nas áreas de Reabilitação Psicomotora (reabilitação da pessoa a nível global, psíquico, motor, afetivo e social); Neuropsicologia (avaliação e reabilitação das competências cognitivas); Apoio Psicopedagógico (Intervenção na aprendizagem de uma forma global, considerando o processo de aprendizagem e fatores que o condicionam); Serviço Social (Avaliação sócio-familiar dos utentes, encaminhamentos e formação parental) e Animação Sócio-cultural (dinamização de atividades de caráter preventivo, recreativo, pedagógico e reabilitativo), com o objetivo último de realizar a integração social e plena do individuo em sociedade.

 Gabinete de Comunicação."

 

Fonte:  http://www.cmpv.pt/index.php?op=noticias&pagant&codnoticia=1180

 Quero dar os meus parabéns à Praia em Movimento e toda a sua equipa, e que continem a desempenhar o excelente trabalho que têm feito até então. :)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Momentos de Mudança


    Um episódio de Momentos de Mudança, entitulado de "De casa para o lar", onde é refletido um caso específico de uma idosa que se vê obrigada a ser institucionalizada.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Episódio Casos da Vida "À Procura de um Final Feliz"

 

Este episódio ilustra um caso de autismo, nos anos 80, em que não havia um diagnóstico definido do que era a doença, transparecendo o desespero da família, por não saber como lidar com esta situação..
Através deste, conseguimos perceber perfeitamente quais os sintomas da doença e como estimular o portador de autismo, através da repetição de comportamentos/situações.
No entanto, cada caso é um caso. Não existe um tratamento standardizado, nem uma recuperação igual dos autistas.

domingo, 11 de novembro de 2012

Quando não convém, recusa-se!


O vídeo promocional do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa foi recusado pela Alemanha.
Este pretende ser um apelo à solidariedade alemã para com Portugal, exemplificando com a solidariedade que Portugal e a Europa tiveram para com a Alemanha na altura da reunificação. 

Conseguiram representar muito bem a situação dos dois países e as suas discrepâncias, dizendo grandes verdades de uma forma muito bem conseguida.
Divulguem!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Reflexão sobre “Família multiproblemática ou multiassistida”




As famílias multiproblemáticas têm uma forma de estar e de se relacionar muito própria, e apresentam uma série de comportamentos problemáticos estruturados, estáveis no tempo e bastante graves, que necessitam de uma intervenção emergente. Estas problemáticas afetam um número indeterminado de elementos. Além destas características, apresentam geralmente, um baixo nível sócio-económico, encontrando-se no limiar da pobreza, são privadas a nível económico e cultural e são socialmente marginalizadas. Os comportamentos problemáticos mais detetados nestas famílias são, por exemplo, a violência, toxicodependência, maus tratos, delinquência, alcoolismo e abandono das crianças.

Em relação à conjugalidade reina a desarmonia. Esta resulta da dificuldade que os cônjuges têm em estabelecer relações estáveis e igualitárias, chamada de simetria relacional, não conseguindo desenvolver relações complementares que lhes permitam encontrar no outro aquilo que lhes falta, sendo incapazes de dar afeto e reconhecimento, e vivem de emoções extremas, como a paixão e o ódio.
A nível da parentalidade, quer a função vinculativa, quer a função socializadora dos pais estão perturbadas. Devido a isto, os seus filhos têm falhas ao nível da segurança básica, e sentem-se “instrumentalizados” e rejeitados pelos pais. Isto é a função interna da família. Na função externa, as crianças têm problemas de socialização que lhes dificulta a dois níveis: são desprotegidas em relação ao meio, e não lhe são transmitidas normas e valores culturais, isto inibe o desenvolvimento da consideração e respeito pela sociedade, o que levará a futuros conflitos com o meio.
As famílias problemáticas são, normalmente, sinalizadas como principal motivo os filhos, por viverem num ambiente disfuncional. Os principais sinalizadores são terceiros, a escola, porque se apercebem de comportamentos violentos, ou até mesmo de falta de aproveitamento, e pelos serviços de ação social, por conhecimento de dificuldades económicas e habitacionais, ou de negligência e maus tratos, por isso, as entidades procedem ao seu encaminhamento para que outras instituições possam intervir.
Estas famílias também podem ser designadas por “multiassistidas”, pois mantêm uma forte relação de dependência com os serviços externos, contudo, aquilo que os técnicos pretendem - o bem-estar e resolução dos problemas da família, na maioria das vezes, não se consegue, pois a presença dos serviços faz com que as famílias se desresponsabilizem pelos seus problemas, diminuindo a competência dos membros da família.
Fazer uma intervenção neste tipo de família é extremamente complicado, pois além de vivenciarem grandes problemas como é a toxicodependência ou a violência, tratam-se de pessoas que têm problemas em se relacionar com as outras, não têm consciência da gravidade dos problemas em que estão envolvidas, e, geralmente, quando executamos uma intervenção, elas não se sentem como atores, colocam-se à margem, como meros espetadores.

Bibliografia: ALARCÃO, M. (2006). (Des)Equilíbrios familiares. Coimbra: Quarteto.